O uso do Instrumento Surdo nas Escolas de Samba

De origem brasileira, criado pelo músico Alcebíades Maia Barcelos. O Bide, como era popularmente conhecido, fez a invenção, que viria a revolucionar as apresentações das escolas de samba, utilizando latão de manteiga, aros e pele de cabrito.

O instrumento estreou no carnaval carioca em 1928, no desfile da Deixa Falar, uma das primeiras escolas de samba brasileira.

A invenção criada pelo Bide evoluiu e hoje é feito de madeira ou metal, um tambor cilíndrico de som grave, sendo tradicionalmente usado em escolas de samba. Cada escola possui em média de 25 a 35 unidades na sua bateria, onde sua principal função é a marcação do tempo.

Como tocar Surdo?

O surdista, nome dado a quem toca Surdo, é tocado com uma baqueta em uma mão e com os dedos e a palma da outra mão. Enquanto uma mão toca o tambor com a baqueta, a outra abafa ou toca ritmos de suporte em torno do pulso principal.

O instrumento é fixado ao ombro do surdista pelo talabarte e posicionado para que a pele superior fique aproximadamente na horizontal.

Surdo na Bateria Carnavalesca

Os Surdos marcam o tempo forte e o tempo fraco do samba, sendo um dos instrumentos principais na composição do conjunto musical e avaliado pelo juri juntamente com outros instrumentos como as caixas, repiques, tamborins e ganzás. Normalmente as baterias são compostas pelos seguintes instrumentos de percussão, que atuam basicamente dessa forma:

– Agogô: Em formato de sino e tocado com baqueta o agogô tem um dos sons mais agudos em uma bateria de escola de samba
– Caixa / Tarol: É um instrumento de condução, ajudando a dar sustentação na apresentação
– Cuícas: São tocadas na divisão e execuções entre os áudios médio e grave
– Ganzá / Chocalho: Soma com a levada das caixas que complementa a parte leve da batucada, tocado normalmente nos refrões
– Repique: Faz as viradas e chamada do samba, possui som mais agudo, sendo responsável pelo improviso da bateria.
– Tamborim: Pontua o samba, fazem os arranjos e marca determinadas partes da letra
– Surdo: De som grave, proporciona o andamento da bateria, sendo divido em 3 tipos, conforme veremos a seguir.
– Os Pandeiros e Pratos também integram a lista das várias percussões que dão ritmo ao espetáculo, sendo usados como instrumentos complemento, pois sua reprodução não é item obrigatório para avaliação dos juris durante o desfile na avenida.

Na bateria de uma escola de samba há três tipos de instrumentos surdos, conhecidos como Surdo de Primeira, Surdo de Segunda e Surdo de Terceira, eles são base de todo o ritmo do desfile.

O maior, chamado surdo de marcação ou primeiro surdo, é aquele que da o compasso do samba. Possui cerca de 75 cm de diâmetro, sendo o maior e mais grave instrumento da bateria, fornecendo a referência de tempo (pulso) para todos os ritmistas. O surdo de marcação bate o segundo tempo do ritmo binário típico do samba. Também é usado para fornecer a pulsação inicial no início da apresentação, por exemplo, em uma marcação 1-2, 1-2, ele marcaria o tempo 2.

O segundo surdo, também chamado de surdo de resposta possui cerca de 50 a 60 cm de diâmetro, sendo menos grave que o surdo de marcação. Ele bate o tempo 1 do ritmo binário.

O menor dos surdos de samba, é o cortador ou terceiro surdo, ele da o balanço na bateria. O surdo de terceira possui diâmetro de cerca de 40 cm e toca um ritmo mais complicado, preenchendo os tempos marcados pelos outros dois surdos citados anteriormente. A combinação dos três surdos fornece a célula rítmica de base para toda a escola de samba.

Surdo de bateria acústica

Além das escolas de samba, os Instrumentos Surdos podem ser encontrados em bandas marciais ou militares e geralmente são utilizados para marcar o pulso binário da marcha, em conjunto com o bumbo e a caixa. além de torcidas organizadas, onde eles ditam o ritmo e são considerados o “coração” da torcida. O nome surdo pode designar também o tom-tom mais grave de uma bateria, o floor tom, que geralmente fica apoiado sobre pés próprios, ao lado do baterista.

Em bandas militares, o surdo possui tamanho pequeno, no máximo 50 cm, sendo tocado com duas baquetas, em geral tocando o primeiro e segundo tempo do padrão binário, ou células rítmicas pouco complexas.

Em grupos de samba-reggae, como a Timbalada ou o Olodum, típicos do carnaval baiano, os papéis do primeiro e segundo surdo são invertidos, o primeiro tocando o tempo 1 e o segundo tocando o segundo tempo. Nestes grupos, o terceiro é tocado com duas baquetas.

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